08 novembro 2011

Protesto em Foz Tua

protesto em foz tua from Quercus Porto on Vimeo.

14 comentários:

mario carvalho disse...

Convite

Conheça a Ministra que o não conhece a si

http://www.linhadotua.net/3w/index.php?option=com_frontpage&Itemid=1

mario carvalho disse...

confesso que já tive alguma estima pelos americanos mas penso que a estou a perder
Depois do que individuos aventureiros de todo o mundo fizeram na América.. o que é que os seus descentes podem fazer a todo o mundo.. Eles olham para o mundo do alto dos arranha céus e nós, o vulgar cidadão, não passamos de formigas que eles pisam por prazer ou por competição--

gosto de meditar e recordar quando estou com dúvidas:

http://www.morcegolivre.vet.br/chefe.html

Chefe indígena - Chefe Seattle (Duwamish)
English Version
Os índios Duwamish habitavam a região onde hoje se encontra o Estado americano Washington - no extremo Noroeste dos Estados Unidos, divisa com o Canadá,
logo acima dos Estados de Montana, Idaho e Oregon.

No passado era um "paraiso na Terra", região inspiradora de uma das mais lindas 'poesias' dedicadas á natureza - o discurso que o Chefe indígena Duwamish (Chefe Seattle) fez ao Governo Americano na época -, hoje, ainda sendo bela, mas não mais um 'paraiso', sua cidade mais famosa é Seattle (nome dado em homenagem ao Chefe),
uma beleza de outro tipo que infelizmente vem gerando graves problemas ecológicos.

Os índios migraram pelo Puget Sound para a Reserva Port Madison. O Chefe Seattle e sua filha estão enterrados lá.

Existem muitas controversias sobre o conteúdo original do discurso.
O primeiro registro escrito que se conhece, foi feito no Jornal Seattle Sunday Star em 1887
pelo Dr.Henry Smith, que estava presente no pronunciamento - ele publicou suas próprias
anotações com comentários sobre o Grande Chefe, que segundo ele, era uma pessoa profundamente impressionante e carismática.

Nos anos 70 (1970) foram divulgadas várias versões deste discurso em conexão com movimentos ecológicos e a favor da preservação da natureza; o discurso ficou muito conhecido, quase mitificado, ficando de lado as discussões sobre sua originalidade.

Aqui, após a tradução portuguesa de uma das mais famosas versões da década de 70, transcrevemos a publicação americana original do Dr.Henry Smith-1887.

A foto do Grande Chefe Seattle (1787-1866), abaixo, é de E.M.Sammis e o original encontra-se na: "University of Washington Special Collection #NA 1511".

mario carvalho disse...

"O que ocorre com a Terra recairá sobre os filhos da Terra.
Há uma ligação em tudo".
O grande chefe de Washington mandou dizer que desejava comprar a nossa terra, o grande chefe assegurou-nos também de sua amizade e benevolência. Isto é gentil de sua parte, pois sabemos que ele não precisa de nossa amizade.

Vamos, porém, pensar em sua oferta, pois sabemos que se não o fizermos, o homem branco virá com armas e tomará nossa terra. O grande chefe de Washington pode confiar no que o Chefe Seattle diz com a mesma certeza com que nossos irmãos brancos podem confiar na alteração das estações do ano.

Minha palavra é como as estrelas - elas não empalidecem.

Como podes comprar ou vender o céu, o calor da terra? Tal idéia nos é estranha. Se não somos donos da pureza do ar ou do resplendor da água, como então podes comprá-los? Cada torrão desta terra é sagrado para meu povo, cada folha reluzente de pinheiro, cada praia arenosa, cada véu de neblina na floresta escura, cada clareira e inseto a zumbir são sagrados nas tradições e na consciência do meu povo. A seiva que circula nas árvores carrega consigo as recordações do homem vermelho.

O homem branco esquece a sua terra natal, quando - depois de morto - vai vagar por entre as estrelas. Os nossos mortos nunca esquecem esta formosa terra, pois ela é a mãe do homem vermelho. Somos parte da terra e ela é parte de nós. As flores perfumadas são nossas irmãs; o cervo, o cavalo, a grande águia - são nossos irmãos. As cristas rochosas, os sumos da campina, o calor que emana do corpo de um mustang, e o homem - todos pertencem à mesma família.

Portanto, quando o grande chefe de Washington manda dizer que deseja comprar nossa terra, ele exige muito de nós. O grande chefe manda dizer que irá reservar para nós um lugar em que possamos viver confortavelmente. Ele será nosso pai e nós seremos seus filhos. Portanto, vamos considerar a tua oferta de comprar nossa terra. Mas não vai ser fácil, porque esta terra é para nós sagrada.

Esta água brilhante que corre nos rios e regatos não é apenas água, mas sim o sangue de nossos ancestrais. Se te vendermos a terra, terás de te lembrar que ela é sagrada e terás de ensinar a teus filhos que é sagrada e que cada reflexo espectral na água límpida dos lagos conta os eventos e as recordações da vida de meu povo. O rumorejar d'água é a voz do pai de meu pai. Os rios são nossos irmãos, eles apagam nossa sede. Os rios transportam nossas canoas e alimentam nossos filhos. Se te vendermos nossa terra, terás de te lembrar e ensinar a teus filhos que os rios são irmãos nossos e teus, e terás de dispensar aos rios a afabilidade que darias a um irmão.

mario carvalho disse...

Sabemos que o homem branco não compreende o nosso modo de viver. Para ele um lote de terra é igual a outro, porque ele é um forasteiro que chega na calada da noite e tira da terra tudo o que necessita. A terra não é sua irmã, mas sim sua inimiga, e depois de a conquistar, ele vai embora, deixa para trás os túmulos de seus antepassados, e nem se importa. Arrebata a terra das mãos de seus filhos e não se importa. Ficam esquecidos a sepultura de seu pai e o direito de seus filhos à herança. Ele trata sua mãe - a terra - e seu irmão - o céu - como coisas que podem ser compradas, saqueadas, vendidas como ovelha ou miçanga cintilante. Sua voracidade arruinará a terra, deixando para trás apenas um deserto.

Não sei. Nossos modos diferem dos teus. A vista de tuas cidades causa tormento aos olhos do homem vermelho. Mas talvez isto seja assim por ser o homem vermelho um selvagem que de nada entende.

Não há sequer um lugar calmo nas cidades do homem branco. Não há lugar onde se possa ouvir o desabrochar da folhagem na primavera ou o tinir das assa de um inseto. Mas talvez assim seja por ser eu um selvagem que nada compreende; o barulho parece apenas insultar os ouvidos. E que vida é aquela se um homem não pode ouvir a voz solitária do curiango ou, de noite, a conversa dos sapos em volta de um brejo? Sou um homem vermelho e nada compreendo. O índio prefere o suave sussurro do vento a sobrevoar a superfície de uma lagoa e o cheiro do próprio vento, purificado por uma chuva do meio-dia, ou recendendo a pinheiro.

O ar é precioso para o homem vermelho, porque todas as criaturas respiram em comum - os animais, as árvores, o homem.

O homem branco parece não perceber o ar que respira. Como um moribundo em prolongada agonia, ele é insensível ao ar fétido. Mas se te vendermos nossa terra, terás de te lembrar que o ar é precioso para nós, que o ar reparte seu espírito com toda a vida que ele sustenta. O vento que deu ao nosso bisavô o seu primeiro sopro de vida, também recebe o seu último suspiro. E se te vendermos nossa terra, deverás mantê-la reservada, feita santuário, como um lugar em que o próprio homem branco possa ir saborear o vento, adoçado com a fragrância das flores campestres.

Assim pois, vamos considerar tua oferta para comprar nossa terra. Se decidirmos aceitar, farei uma condição: o homem branco deve tratar os animais desta terra como se fossem seus irmãos.

Sou um selvagem e desconheço que possa ser de outro jeito. Tenho visto milhares de bisões apodrecendo na pradaria, abandonados pelo homem branco que os abatia a tiros disparados do trem em movimento. Sou um selvagem e não compreendo como um fumegante cavalo de ferro possa ser mais importante do que o bisão que (nós - os índios ) matamos apenas para o sustento de nossa vida.

mario carvalho disse...

O que é o homem sem os animais? Se todos os animais acabassem, o homem morreria de uma grande solidão de espírito. Porque tudo quanto acontece aos animais, logo acontece ao homem. Tudo está relacionado entre si.

Deves ensinar a teus filhos que o chão debaixo de seus pés são as cinzas de nossos antepassados; para que tenham respeito ao país, conta a teus filhos que a riqueza da terra são as vidas da parentela nossa. Ensina a teus filhos o que temos ensinado aos nossos: que a terra é nossa mãe. Tudo quanto fere a terra - fere os filhos da terra. Se os homens cospem no chão, cospem sobre eles próprios.

De uma coisa sabemos. A terra não pertence, ao homem: é o homem que pertence à terra, disso temos certeza. Todas as coisas estão interligadas, como o sangue que une uma família. Tudo está relacionado entre si. Tudo quanto agride a terra, agride os filhos da terra. Não foi o homem quem teceu a trama da vida: ele é meramente um fio da mesma. Tudo o que ele fizer à trama, a si próprio fará.

Os nossos filhos viram seus pais humilhados na derrota. Os nossos guerreiros sucumbem sob o peso da vergonha. E depois da derrota passam o tempo em ócio, envenenando seu corpo com alimentos adocicados e bebidas ardentes. Não tem grande importância onde passaremos os nossos últimos dias - eles não são muitos. Mais algumas horas, mesmos uns invernos, e nenhum dos filhos das grandes tribos que viveram nesta terra ou que têm vagueado em pequenos bandos pelos bosques, sobrará para chorar, sobre os túmulos um povo que um dia foi tão poderoso e cheio de confiança como o nosso.

mario carvalho disse...

Não sei se foi bem .. senão digitar o link

isto tudo a prop+ósito de os americanos terem retirado o apoio à UNESCO como revanche por terem aceite os Palestinianos--

A agência da ONU interrompeu os seus programas até final do ano, depois dos EUA terem decidido retirar-lhe o seu financiamento.

A UNESCO viu-se incapaz de continuar com os seus programas de Educação, Ciência e Cultura devido à falta de dinheiro causado pelo não pagamento por parte dos EUA de uma contribuição de 44 milhões de euros em Novembro, revelou esta tarde a directora-geral da agência, Irina Bokova.

Esta responsável precisou que a atitude norte-americana foi tomada em represália pela decisão da UNESCO de admitir a Palestina como membro, o que equivale a um reconhecimento implícito do território como um Estado independente.

"Antes do fim do ano, a UNESCO vai ter um défice de 47,7 milhões de euros" por causa do boicote norte-americano, lamentou Bokova, precisando que a agência "vai terminar o ano sem reserva alguma, o que é uma situação perigosa, mas a verdade é que actualmente não temos margem de manobra".

http://economico.sapo.pt/noticias/unesco-suspende-actividade-por-falta-de-dinheiro_131057.html


Esta responsável adiantou ainda que a agência vai rever "o conjunto das suas actividades previstas em todos os âmbitos e sectores, incluindo os compromissos contratuais assumidos, as viagens de pessoal, publicações, comunicação, reuniões e o resto", de modo a tentar realizar poupanças de 25,7 milhões de euros.

Este valor, no entanto, será "insuficiente" para solucionar as dificuldades de tesouraria da agência, já que também irão ser revistos em baixa os fundos que as Nações Unidas disponibilizam para o seu funcionamento, que actualmente ascendem aos 30 milhões de euros

mario carvalho disse...

http://www.youtube.com/watch?v=9hy8v08-S74

mario carvalho disse...

http://www.publico.pt/Sociedade/unesco-faz-recomendacao-ao-governo-sobre-impactos-da-barragem-do-tua-1520877

Douro Património da Humanidade
UNESCO faz recomendação ao Governo sobre impactos da barragem do Tua
14.11.2011 - 17:43 Por Lusa
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A intervenção da UNESCO surge na sequência de uma queixa apresentada pelos Verdes (Paulo Ricca)
Os eventuais impactos da barragem de Foz Tua no Douro Vinhateiro motivaram uma recomendação ao Estado português por parte da UNESCO, o organismo mundial responsável pela classificação como Património da Humanidade, divulgou hoje o Partido Ecologista “Os Verdes” (PEV).
Em declarações à Lusa, a dirigente do PEV Manuela Cunha escusou-se a divulgar o conteúdo da recomendação, alegando “razões diplomáticas”, mas adiantou que hoje mesmo o partido apresentará na Assembleia da República um requerimento ao Governo a pedir informação sobre o teor do documento da UNESCO.

De acordo com a dirigente que tem protagonizado a oposição à construção da barragem, “a UNESCO não tem poder de impor ao Estado português, apenas de fazer recomendações”, mas em última instância pode avançar para a “desclassificação, se concluir que o objecto da classificação foi desvirtuado”.

A intervenção da UNESCO surge na sequência de uma queixa apresentada pelo PEV à UNESCO.

Em Abril, uma missão da UNESCO, representada pela ICOMOS, o grupo técnico daquele organismo, deslocou-se a Portugal para avaliar os referidos impactos.

Esta visita terá dado origem à recomendação que, de acordo com “Os Verdes”, já chegou ao Estado Português que deverá responder, segundo os procedimentos habituais.

O partido “quer saber porque é que o governo português não enviou ainda nenhum comentário, tal como era sua obrigação, ao comité mundial do património da UNESCO” sobre esta recomendação e para tal vai também questionar, por via parlamentar, o secretário de Estado da Cultura, sobre “este silêncio”.

O PEV reitera que “não desiste” da luta contra a construção da barragem e entregou, na semana passada, pela mão da dirigente Manuela Cunha, no Centro do Património Mundial da UNESCO, em Paris, um dossier com dados que classifica de “arrasadores e que não deixam margem para dúvidas sobre os impactos negativos e destrutivos da barragem de Foz Tua na área classificada do Alto Douro Vinhateiro”.

De acordo com Manuela Cunha, este dossier compila toda informação existente sobre o processo da barragem desde os estudos, às autorizações oficiais e pareceres de diferentes entidades.

O PEV defende que existem “contradições de diversas entidades” e que “foram violados vários procedimentos” no processo.

Para Manuela Cunha, esta obra “seja ela com que design e com a grife que for, vai ser uma porta aberta para outras edificações na área classificada”, referindo-se à contratação por parte da EDP do arquitecto Souto Moura para projectar a central de produção de energia.

O empreendimento faz parte do Plano Nacional de Barragens e tem sido alvo de contestação, nomeadamente pelos alegados impactos na paisagem protegida do Douro Vinhateiro, classificado Património da Humanidade.

A barragem deverá estar concluída em 2015 e representa um investimento de 305 milhões de euros.

mario carvalho disse...

barragem do tua porquê e para quê?

http://vimeo.com/32115701


16 000 000 de euros 70 anos de destruição do petrimónio.. o que fica???

veja o video e pense

nós não herdámos a TERRA.. nós pedimos-la emprestada aos nossos filhos e netos..

honremos o passado para que no futuro se honrem de nós

temos obrigação de proteger o património

Anónimo disse...

16 000 000 000 de euros

16 mil milhões de euros..

que vamos pagar mais a energia mais cara do mundo

Anónimo disse...

Se os transmontanos tivessem TODOS fibra com um gesto imitavam o "Zé Povinho" e respondiam aos políticos(PS,PSD e CDS) nas urnas!

Anónimo disse...

Debate Programa Nacional de Barragens
Cinco argumentos ridículos: do atentado à anedotaJoão Joanaz de Melo
Professor de Engenharia do Ambiente na Universidade Nova de Lisboa, presidente do GEOTA
Público -16 de Novembro de 2011
Finalmente, ao fim de quatro anos de esforços de organizações ambientalistas e populações locais, começou a haver algum debate público sobre o programa nacional de barragens (PNBEPH).Em prol da verdade, vale a pena desmontar alguns argumentos que a propaganda oficial e articulistas mal informados têm vindo a atirar para a arena mediática.

Argumento ridículo 1 - "O investimento é privado." O investimento inicial nas nove grandes barragens apro­vadas pelo Governo ascende a 3600 M€, o que, somado aos custos financeiros e ao lucro das empresas de elec­tricidade, gerará um encargo global estimado em 16.000 M€ ao longo de 75 anos - que obviamente será pago na totalidade pelos cidadãos-consumidores-contribuintes. Parte deste custo será reflectido na factura da electricida­de, e parte nos impostos, para suportar o défice tarifário e a "garantia de potência" estabelecida na Portaria n.° 765/2010. O que importa é que, entre tarifa e impostos, as novas barragens implicarão um aumento superior a 10% no custo da electricidade.

Argumento ridículo 2 - "Independência energética e alterações climáticas." As nove barragens novas, que iriam espatifar outros tantos rios, produziriam apenas 1,7 TWh/ ano de electricidade, ou seja, 0,5% da energia primária do país ou 3% da procura de electricidade; isto para poupar apenas 0,7% das emissões nacionais de gases de efeito de estufa e 0,8% das importações de combustíveis fósseis. Se, em vez de barragens, investirmos o mesmo dinheiro em medidas de eficiência energética, conseguiremos um efeito cerca de 10 (dez) vezes maior na poupança de emissões e importações, com valor acrescentado para as famílias e as empresas, e efeitos ambientais positivos.

Argumento ridículo 3 - "Armazenar energia." Argu­menta-se que o esquema da bombagem hidroeléctrica, usando energia barata produzida à noite (eólica e não só) permite armazenar energia; é meia verdade. A ou­tra metade da verdade é que, segundo o PNBEPH, Por­tugal precisaria no futuro de 2000 MW de bombagem hidroeléctrica; ora, entre as centrais já operacionais e em construção, só em barragens preexistentes, já temos disponíveis 2510 MW de potência de bombagem - ou seja, não precisamos de nenhuma barragem nova!

Argumento ridículo 4 - "Energia renovável." As gran­des barragens estão entre os modos de produção de ener­gia mais agressivos, porque destroem irreversivelmente os solos agrícolas, os ecossistemas, as paisagens natu­rais e humanizadas, o património cultural. O paradigma moderno não é o "renovável", mas sim o "sustentável" - social, ecológico, económico -, que as novas grandes barragens não respeitam de todo.

Argumento ridículo 5 - "Já pagámos as concessões." As concessões pagas pelas empresas de electricidade ao Estado serão, em última análise, suportadas pelos consu­midores; ou, se o Estado devolver essas verbas, serão su­portadas pelos contribuintes, o que vai a dar ao mesmo.Para além de uma ou outra gaffe, o silêncio do actu­al Governo neste assunto tem sido ensurdecedor. Não se trata de mera ignorância, porque já foi informado. Será medo de desvalorizar as acções da EDP até à privatização? Ou simples cobardia política para afrontar o lobby do betão e electrão? Ou haverá outras razões ainda menos respeitáveis?Muito se tem falado de outras obras faraónicas, como o aeroporto de Lisboa, as auto-estradas ou os estádios. Está na hora de o programa nacional de barragens ocu­par o lugar que lhe cabe no rol das fraudes cometidas sobre os cidadãos portugueses em nome do "interesse público", (www.geota.pt)

mario carvalho disse...

ministra do ambiente impede os cidadãos de colocarem post's no seu facebook desde esta tarde e sumiu com os outros, os meus até eram bastante informativos !!!

Começou a censura o Tua incomoda-a !!

Sugiro que coloquem comentário sem serem ofensivos ( nós precisamos dela...) , mas de forma a mostrar o descontentamento face ao Tua e ao resto...



Quando falta argumentação começa a ser difícil justificar o injustificável!
Que nenhuma mentira fique sem resposta!







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a nossa ministra do farmville
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http://artigosediscussao.blogspot.com/2011/11/pnbeph-rio-tua-ministra-garante-que-ja.html

Será muito difícil, se não mesmo impossível, voltar atrás com estes contratos pela simples razão de que o encaixe financeiro já aconteceu todo”, diz Assunção Cristas.

Voltar atrás com as obras na barragem do Tua não é opção. A ministra da Agricultura e do Ambiente é que o diz e explica que “para voltar atrás nesta altura, como noutras barragens, teríamos de ter largas centenas de milhões de euros para desembolsar”.

Assunção Cristas está no Parlamento a debater o Orçamento do Estado para 2012 na especialidade e detalha que este empreendimento conjunto entre o seu Ministério e do da Economia já não tem travões.



“Aquilo que de factor foi visto é que será muito difícil, se não mesmo impossível, voltar atrás com estes contratos pela simples razão de que o encaixe financeiro já aconteceu todo”, diz a ministra.




“Aconteceu no OE 2008, todos os processos administrativos foram concluídos ao nível de declarações de impacto ambiental e de recaps. A verdade é que para voltar atrás teríamos de ter largas centenas de milhões de euros para desembolsar. Não temos esse dinheiro”, afirma.

Em relação à reduzida mas existente possibilidade de impacto ambiental em área protegida, a ministra da Agricultura diz estar “preocupada”. “A inserção pode ter impacto na paisagem protegida do Douro e essa é uma matéria que estamos a acompanhar muito de perto”, garante Assunção Cristas.

“Procuramos saber exactamente qual é a sensibilidade por parte da UNESCO. É uma acção que muito limitadamente interfere na paisagem, no sentido em que a subestação só está muito parcialmente dentro da paisagem protegida. De toda a maneira, ela pode existir”, finaliza.

mario carvalho disse...

Perda da classificação de Património Mundial não é admitida
Governo admite rever todo o processo face aos riscos da construção da barragem no Tua
08.12.2011 – 16:28 Por Inês Sequeira, José Augusto Moreira
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EDP promete reduzir o impacto paisagístico da barragem do Tua (Paulo Ricca)
O Governo não descarta a hipótese de rever todo o processo de construção da barragem de Foz Tua e garante que a única coisa que neste momento não é admitida é a possibilidade de a UNESCO vir a retirar a classificação de Património Mundial do Alto Douro Vinhateiro.
“Tem que ser uma decisão muito ponderada e assumida em bloco, e o Governo pondera analisar e avaliar toda a situação.” Foi com estas palavras que o secretário de Estado da Cultura, Francisco José Viegas, se referiu ontem à possibilidade de travar o projecto de construção da polémica obra, durante uma entrevista à RTP Informação. Questionado sobre se o Governo admitia a possibilidade de fazer parar a obra, Viegas foi taxativo: “A única coisa que o Governo não admite é perder a classificação.”
Deixando claro que falava em nome do Governo, o secretário de Estado da Cultura respondia assim aos diversos organismos que durante o dia de ontem pediam a suspensão das obras, reagindo à divulgação pelo PÚBLICO de um documento da UNESCO que aponta para um “impacto irreversível” com a construção do empreendimento hidroeléctrico.
Reconhecendo que o relatório – que chegou ao Governo português já em Agosto, mas que foi mantido em confidência – “aponta riscos, irregularidades e danos”, Viegas deixou também que claro que a situação é melindrosa e que ele próprio já havia alertado para a mesma na Assembleia da República.
“Tudo isto se teria evitado”, disse ainda, “se tivessem sido ouvidos os organismos da cultura, designadamente o Igespar e a delegação regional da Cultura do Norte.” Dirigiu também duras críticas à actuação do Governo de José Sócrates. “O projecto foi aprovado quando o cimento era tudo. Foi uma decisão apressada que marcou o Governo anterior”, acusou, deixando entender que está agora a ser feito um esforço para tentar adaptar o projecto para reduzir ao mínimo o impacto paisagístico.
Neste sentido, também a EDP informou que estão a ser feitas alterações, a cargo de Eduardo Souto Moura. A contratação deste prestigiado arquitecto tinha sido anunciada já no início de Novembro, deduzindo-se que terá sido já uma consequência do relatório, que era então desconhecido.
Chuva de críticas
A divulgação do documento desencadeou ontem uma chuva de críticas à barragem e ao risco que comporta para a classificação da UNESCO para a região. O partido Os Verdes agendou já para amanhã um debate parlamentar sobre a matéria, recorrendo à prerrogativa de agendamento potestativo, e exigiu também a ida ao Parlamento do secretário de Estado da Cultura.
O Bloco de Esquerda exigiu a suspensão da obra, dizendo que é “uma completa leviandade” e “um projecto ruinoso”, o mesmo acontecendo com as organizações ecologistas Quercus e GEOTA. “Esperamos que o Governo procure pesar se é mais importante para o país o Douro como Património Mundial ou a barragem do Tua”, disse à Lusa uma representante da Quercus, Susana Fonseca, enquanto o presidente do GEOTA, João Joanaz de Melo, reforçava a ideia de que, “do ponto de vista da política energética, a obra é perfeitamente inútil”.
Também a associação dos empresários de turismo do Douro manifestou a sua preocupação face ao risco para a classificação da paisagem do Alto Douto Vinhateiro. “Nós defendemos o património, claramente”, disse o presidente da associação, José António Fernandes, igualmente citado pela Lusa.



A favor da obra, só mesmo presidente da Câmara de Alijó, Artur Cascarejo, para quem “agora que já estão em obra e que a paisagem está escavada é que vêm pôr em causa o empreendimento”.

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as fotos supra são da

cascarejalandia